Pablo Farina fala sobre sua carreira musical no Divina Prosa

4 de dezembro 2025

O Divina Prosa de ontem,  recebeu um convidado especial: o músico Pablo Farina, artista com mais de quatro décadas de carreira, múltiplas passagens por bandas regionais e um repertório que atravessa gerações. Pablo compartilhou histórias de sua trajetória, falou sobre sua nova fase profissional e ainda soltou a voz ao vivo no estúdio.

Durante o bate-papo, Pablo fez uma viagem pelo tempo, começando em 1985, quando deu seus primeiros passos na música em uma típica banda de garagem. Entre amigos e improvisos, nasceram os primeiros acordes que mudariam sua vida.

O grupo inicial evoluiu para o Asas do Sonho, formado por Pablo, Naldinho e Marcial, com participações de Michel e Ricardão. A banda se apresentou por diversos bares e eventos da região, marcando uma geração.

Com o tempo, surgiu o desejo de criar músicas próprias, e assim nasceu o Cara Pirada, banda que gravou um CD em estúdio profissional ainda na era do rolo e das fitas ADAT — um grande desafio para a época. O grupo participou de programas de rádio e TV no interior paulista e alimentou o sonho de ganhar o país com seu rock autoral.

No fim dos anos 1990, já no embalo da virada do milênio, Pablo integrou o Café 2000, banda baile-show que marcou época na região. O grupo chegou a viajar com ônibus próprio, estrutura completa e até 22 pessoas envolvidas entre músicos, cantores e dançarinos.
Foram cerca de 150 cidades visitadas entre Minas Gerais e São Paulo, com presença forte em formaturas e grandes eventos.

Em 2009, Pablo assumiu a Secretaria de Cultura de Extrema, função que exerceu por 16 anos, até 2024. Mesmo com a intensa rotina administrativa, nunca deixou a música completamente de lado — ainda que tocasse com menos frequência.

Em 2025, após deixar a Secretaria, decidiu retomar sua verdadeira paixão:
“A música está nas minhas veias. Voltei à minha profissão, que é ser músico.”

Desde então, seus shows solo ganharam força e lotam bares, restaurantes e festas em toda a região.

Durante o programa, Pablo contou que seus shows combinam voz e violão com arranjos em MIDI — trazendo percussão, baixo e teclado para enriquecer as apresentações. Ele também destacou o estilo próprio que aprendeu a desenvolver com a banda Corda Bamba, criando versões com influência de rock e blues para músicas de diversos gêneros.

Recentemente, também realizou um baile para a melhor idade no grupo Renascer, evento que lotou o salão e precisou de mesas e cadeiras extras. “Era os inimigos do fim”, brincou o músico, destacando a energia contagiante do público.

Com mais de 400 músicas no repertório, Pablo se adapta a qualquer tipo de evento: de rock e pop rock a clássicos da MPB, samba, bolero, sertanejo e muito mais.

Silvinha lembrou ainda da abertura do show do cantor Paulo Ricardo, em Bragança Paulista — experiência que Pablo descreveu com alegria e surpresa, já que não esperava pelo convite.

“Algumas pessoas dizem até que eu pareço com ele”, brincou o artista.

A participação de Pablo Farina no Divina Prosa foi marcada por nostalgia, boas histórias e, claro, muita música. Com simplicidade e talento, o artista mostrou por que conquistou o público em mais de 40 anos de estrada — e por que sua nova fase promete ser ainda mais especial.