O compositor José Luiz Borrieiro participou do programa Divina Prosa, apresentado por Silvinha Brasil na Rádio Portal FM 106.5, para falar sobre sua criação mais inovadora: a artista virtual Clara Maria, desenvolvida inteiramente com inteligência artificial. A personagem tem voz sintetizada, identidade visual própria e já conta com uma discografia em expansão.

Segundo José Luiz, o nome e a imagem da cantora foram inspirados na neta de sua esposa, Maria Clara, que serviu de referência para a criação da personagem. Antes de consolidar o projeto, ele testou a tecnologia criando músicas em vários estilos, como rock, reggae, rap, sertanejo e gospel. Os resultados positivos o motivaram a lançar, em abril, o primeiro EP de Clara Maria, “Infinito”. Desde então, já são quatro álbuns e quatro singles nas plataformas.

Durante a entrevista, José Luiz destacou o papel da inteligência artificial como ferramenta de criação. Ele utiliza o ChatGPT para compor letras e o Suno para desenvolver arranjos. “É como qualquer processo criativo: você tenta, erra, ajusta. A inteligência artificial veio para ficar”, afirmou.

O compositor também revelou detalhes de um novo EP inspirado na obra de Ana Carolina. Após estudar características marcantes da cantora com auxílio do ChatGPT, criou faixas com forte carga emocional, entre elas “Ainda É Amor”, tocada pela primeira vez na rádio durante o programa. José Luiz comparou sua composição ao estilo de artistas como Ângela Rô Rô e destacou o impacto da pesquisa na qualidade do material.

Ele incentivou músicos e curiosos a explorarem a IA, que considera acessível e capaz de ampliar possibilidades criativas mesmo para quem não domina teoria musical. O artista lembrou ainda que cantores da região,  já demonstraram interesse em gravar suas músicas.

Toda a obra de Clara Maria está disponível no Spotify e nas principais plataformas digitais.