As exportações do Brasil para os Estados Unidos continuam em queda, após o chamado “tarifaço” do governo de Donald Trump.
Em setembro, as vendas para o mercado americano somaram 2 bilhões e 580 milhões de dólares, o que representa uma redução de 20,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

Essa foi a segunda queda consecutiva desde que o governo norte-americano impôs uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros. O resultado fez o Brasil registrar um déficit comercial de 1 bilhão e 770 milhões de dólares com os Estados Unidos — o maior do ano e o nono seguido.

Mas, apesar da perda com o mercado americano, o comércio exterior brasileiro teve bom desempenho em setembro. As exportações para outros países cresceram, principalmente na Ásia. Singapura, Índia, Bangladesh e Filipinas mais do que dobraram as compras de produtos brasileiros.
A China também ampliou as importações do Brasil em quase 15%.

Mesmo com o impacto da medida americana, o país registrou exportações recordes no mês, somando mais de 30 bilhões e meio de dólares em vendas externas.

O resultado mostra que o Brasil tem conseguido diversificar seus mercados e reduzir a dependência dos Estados Unidos, mas o aumento das tarifas de Trump reacende o alerta sobre as relações comerciais entre os dois países — que historicamente são parceiros estratégicos.