Atleta extremense Elizabee Prado ultrapassa 200 medalhas e inspira com sua história

7 de julho 2025

Atleta extremense compartilhou momentos marcantes da carreira nas corridas de montanha e celebrou 15 anos dedicados ao esporte

Na última quarta-feira (2), o Divina Prosa a atleta Elizabete Prado, referência nacional nas corridas de montanha. A corredora, que já representou o Brasil em competições internacionais, emocionou os ouvintes ao compartilhar sua trajetória marcada por superações, títulos e amor pelo esporte.

Elizabete contou que começou a correr entre 2009 e 2010, após enfrentar sequelas de uma tromboflebite causada por uma tala ortopédica. A corrida surgiu como forma de reabilitação e acabou se tornando paixão e propósito de vida.

“Comecei correndo aqui mesmo, no parque de eventos de Extrema, para me recuperar. Nem imaginava tudo isso. E olha só onde cheguei”, relembrou.

Depois de participar de provas de rua, incluindo uma maratona internacional em São Paulo, Elizabete se apaixonou pelas trilhas e passou a se dedicar exclusivamente às corridas de montanha. A transição não foi fácil: sem os equipamentos ideais e com pouco preparo específico, sofreu diversas lesões no início.

“Eu me machucava muito. Já levei tombo na serra que cortei o queixo e o supercílio. Mas nunca pensei em desistir. Sempre busquei o que eu precisava fazer para melhorar.”

Com mais de 222 medalhas e inúmeros troféus, Elizabete é hoje um dos grandes nomes do trail running nacional. Uma de suas conquistas mais marcantes foi a ultramaratona dos Perdidos, em 2017, com 105 quilômetros percorridos em 18 horas. A vitória lhe garantiu vaga no circuito internacional La Mission, no qual também se sagrou campeã.

Ela também foi medalha de prata pela seleção Master do Brasil no Mundial em Portugal, além de representar o país na competição Sky Snow, na Itália, disputada em pistas de esqui com temperaturas de até 10 graus negativos.

Elizabeth falou ainda sobre os desafios emocionais do esporte e contou que, ao longo dos anos, abandonou apenas duas provas — ambas no mesmo quilômetro, por questões de saúde. “É frustrante parar, mas também é sabedoria. Saber o limite do corpo e não dar trabalho em prova é parte da responsabilidade do atleta”, disse.

“Eu sou muito grata à minha cidade, à Prefeitura pelo auxílio ao atleta, e à Rádio Portal, que sempre me recebe de braços abertos. Enquanto eu puder correr, estarei aqui representando Extrema onde Deus permitir.”